1981: Grupo Escolar para Periferias Urbanas

Comunidades organizadas, mas desprovidas de espaços onde seus filhos possam estudar, ter uma creche, playground, local para festas e casamentos, praticar esportes, etc., aproveitariam galpões desativados ou abandonados e, através de um projeto inicial de arquitetura, aberto, onde os materiais conseguidos conduziriam às soluções dos espaços necessários, prioridades e, através de diversos materiais, sucatas de maneira geral, a escola  como um Lucien Kroll dos pobres – passaria a tomar forma. Cadeiras usadas, brinquedos reciclados, velhos automóveis e manilhas de tubulações urbanas, comporiam os lúdicos brinquedos.

Em texto publicado no livro “3 Arquitetos”, volume I, 1982, dizíamos: “Necessitamos de um espaço, de um galpão velho, talvez de 15x50m. Uma pequena infraestrutura inicial. A comunidade reunida. Tijolo, pedra, madeira, ferro velho, janelas usadas, portas desamadas, escadas. Níveis, sobe e desce, ciranda cirandar. Brincar, construir juntos, amar o espaço criado. Criar no espaço amado, nosso. Aprender as letras, as cores, o fazer, o ajudar. Apenas um risco inicial debaixo do velho galpão, talvez assim para começar.

Depois é fazer um terceiro mundo ao nosso modo. Se um dia o velho galpão não comportar de tanto fazer, de tanto viver, puxar puxado, gambiarra, ocupar o espaço baldio. Aprender, fazer escola”.

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