1996: Marco do Centenário de Belo Horizonte

Arquitetos: Sylvio E. de Podestá e Maurício Meirelles
Parceria: PMBH e Sindicato das Agências de Propaganda-MG
Idéia Inicial e Coordenação Geral: Evando Abreu
Coordenação Publicitária: Maria Helena Castro
Local: Praça Milton Campos, BH, MG
Aprovações e consultas: Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (Lídia Avelar), Comam (Yara Landre), Sudecap, Bhtrans, Cemig, Copasa
Projeto: 1996

Às vésperas da entrada do ano 2000, Belo Horizonte consolidava-se como importante centro produtor de tecnologia e serviços e um dos principais pólos culturais do país. A proposta de um marco comemorativo apresentada à Prefeitura de Belo Horizonte tem em vista a importância deste momento histórico para a cidade.

Baseia-se na necessidade cultural, presente em todas as sociedades, de simbolizar seus acontecimentos mais relevantes, através da edificação de monumentos e marcos arquitetônicos. Este processo representa uma atualização continuamente reafirmada, tornando-se fundador de sua identidade cultural.

É precisamente desta forma que se entende o sentido de “marco” nesta passagem para o ano 2000, tornando-se depoimento sempre presente da cidade sobre si mesma, a ser atualizado e apropriado pelas gerações futuras como parte integrante de sua memória.

Localização

O local para instalação do marco é a Praça Milton Campos, gerada a partir da confluência dos dois principais eixos urbanos de Belo Horizonte: Avenida Afonso Pena e Avenida do Contorno. Historicamente, ambos desempenham um papel simbólico fundamental, que se estende da concepção do plano urbanístico da nova capital à metrópole atual. A Avenida Afonso Pena materializa a relação simbólica que se estabelece entre a cidade e a montanha, enquanto a Avenida do Contorno é lida como “anel simbólico” que estabelece os limites da cidade disciplinada e racionalizada nos traços de Aarão Reis.

No plano físico, a praça situa-se em uma área topograficamente privilegiada. Implantada na cota mais elevada da Avenida do Contorno, é visualmente perceptível a partir de áreas importantes da cidade, tais como região da Savassi, Bairro dos Funcionários, São Lucas, etc. Em função destas características o local é lido urbanisticamente como um ponto focal no tecido urbano de Belo Horizonte.A reunião destes fatores, portanto, tornava o local em questão extremamente adequado à instalação de um monumento histórico comemorativo da passagem para o ano 2000.

Monumento

A ser edificado em SAC-41 e revestido de aço inox polido, materiais produzidos no Estado que, no plano conceitual, sugere domínio tecnológico e contemporaneidade, valores presentes na metrópole atual. Teria 48,55 metros de altura e 58 metros de envergadura, elevando-se em direção a Serra do Curral.

Apoiado em bases de concreto sustenta-se através de um grande arco treliçado – visando obter leveza e desmaterialização visual – em SAC-41 de cor ferrugem, que nos remete ao minério de ferro presente em nossas montanhas. O último elemento, constituído por um painel eletrônico, exibirá fotos de momentos marcantes da vida da cidade além de mensagens institucionais.

Marcado com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *