Jornal JA

[ÍNDICE]

 

EXPEDIENTE
ARQUITETURA, PUBLICAÇÕES E DEMOCRACIA:
Um excitante triângulo amoroso – Fernando Lara
O MONTE E A PRATA – Mario Pontes
MEMORIAL DESCRITIVO – Carlos Alenquer
GRUPO CORPO – Alexandre Brasil, Carlos Alberto Maciel,
Éolo Maia, Jô Vasconcellos e Amilcar de Castro.
POR LINHAS TORTAS – Euclides Guimarães
CID HORTA 15º
CADEIRA DE ARQUITETO
UMA “PRACINHA-FALHA” NO SAGRADA FAMÍLIA
CULINÁRIA – Empadão Goiano
NOTÍCIAS
LIVROS

 

AP Cultural | Brasil
Primavera 2002

Ano 0 – Número 0

 

 

Logo Jornal JA - Ap Cultural

 

 


[EXPEDIENTE]

Rua Santo Antonio do Monte, 476
tel/fax: (31) 3296 3426  
30330 220 | Belo Horizonte, MG.

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Editores

Gaby de Aragão  
Sylvio Emrich de Podestá

Editor de Texto
Carlos Alenquer
Jornalista Responsável
Rachel Barreto
Representante Comercial
Délia Jaime Morais
Colaboração especial
Álvaro Hardy
Mario Pontes
Fernando Lara

Impressão e acabamento
Rona Editora
Capa
Residência Ziller – Cid Horta
Foto Rui Cézar

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ARQUITETURA, PUBLICAÇÕES E DEMOCRACIA:
Um excitante triângulo amoroso

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Mais uma publicação é lançada e isso é motivo de celebração para todos nós que acreditamos em arquitetura, acreditamos que arquitetura se faz melhor em um ambiente democrático e acreditamos que as publicações são fundamentais para uma boa arquitetura justamente por fomentarem a crítica. E não se faz boa arquitetura sem crítica. Também não se faz boa crítica sem um ambiente democrático e por relação direta, não se faz boa arquitetura.

Talvez eu esteja um pouco entusiasmado por ver o Sylvio e a Gaby lançarem uma publicação de arquitetura, eles que são exemplares nesta batalha por publicações e pela disseminação das boas idéias de arquitetura. É que como se sabe, as arquiteturas de qualidade tem um considerável poder de contaminação. Boa arquitetura pega, e as publicações de qualidade são o melhor veículo no sentido de fazer disso uma epidemia. O problema é que a arquitetura de má qualidade também pega e como se não bastasse existem várias publicações servindo de aedis egipti para a propagação de uma arquitetura cosmética, modista e frívola.

Talvez eu esteja mais entusiasmado ainda por estar vivendo este momento marcante da consolidação da nossa democracia, quando um torneiro mecânico nascido no Nordeste é eleito presidente com 60 milhões de votos. Mas o que isso tem a ver com arquitetura ou com as publicações de arquitetura se os problemas urbanos e habitacionais tiveram tão pouco espaço nas discussões de campanha e continuarão com poucas verbas?

É que existe, inegavelmente, uma relação direta entre democracia, publicações, o exercício da crítica e a melhoria da arquitetura. Há pouco tempo tive a oportunidade de analisar em conjunto tudo o que se publicou sobre a arquitetura brasileira no exterior ao longo do século XX, e atualmente estou contrapondo o que se publicou lá fora com o que se publicou aqui dentro. O artigo integral pode ser lido no site Vitruvius (Espelho de Fora) mas o que nos interessa discutir aqui é o fato de que a visibilidade da arquitetura brasileira no exterior coincide com a alternância entre períodos democráticos (1945-63 e depois de 1985) com muitos artigos em contraste com o período ditatorial (1964-85) com pouquíssima exposição. No cenário nacional me parece redundante lembrar que as nossas revistas de arquitetura foram sendo fechadas uma a uma no final dos anos 60, chegando mesmo a não termos nenhuma publicação abrangente nos anos de 72 a 74. O início do processo de abertura coincide com o lançamento das revistas Projeto, Pampulha e AU, e tantas outras que surgiram nos anos 90.

Isto posto, fica aqui um brinde a esta nova publicação, que chega em boa hora e traz consigo a promessa de dias melhores com a consolidação democrática de um lado e a consolidação da crítica e da disseminação de arquiteturas de qualidade, deveria dizer que pelo mesmo lado, já que são parte de um indissociável e excitante menage-a-trois.

Fernando Lara
Arquiteto e professor da Escola de
Arquitetura da PUC-MG e  da UFMG

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desenho Veveco

 

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O MONTE E A PRATA

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Desde que pela primeira vez fui àquele lugar, as placas pregadas nas esquinas pareciam me oferecer mais que informação. A da casa antiga que muitas vezes me acolheu indicava a rua Santo Antônio do Monte, e pelo tamanho da ladeira o complemento se tornava perfeitamente dispensável. Do outro lado do asfalto, fixada em uma parede que destoava tanto pela idade quanto pelo colorido, a placa dizia que o nome da rua era São Domingos do Prata.

Neste caso o complemento era menos óbvio e eu preferi fingir que não me interessava pelo detalhe. Mas, querendo ou não, sempre me lembrava de que São Domingos foi um homem apaixonado e rigoroso nada surpreendente em se tratando de um espanhol. Insistia comigo que a prata era dele e eu não tinha nada a ver com isso! Secretamente, porém, continuava a estranhar o meta e, por sua causa, a santa aliança dos dois…

Recorri à hagiografia e fixei-me em um dos vários pontos comuns a ambos. Frei Antônio que ao se mudar para a Itália deixou de ser de Lisboa para tornar-se de Pádua, foi mandado ao sul da França, com a incumbência de pregar contra a heresia dos cátaros (puros, em grego), que se alastrava como uma enchente. Mais ou menos na mesma época Domingos cruzou os Pirineus e foi também para a Provença dar combate aos albigenses trocadores de dogmas.

A eloquência de Antônio contra os hereges não deve Ter sido muito rica em raios e trovões, considerando-se que ele entrou para a lenda como um suave santo casamenteiro. Já o seu contemporâneo Domingos não se conformou com a indiferença dos cátaros de Albi aos seus apelos e advertências. Tratou, pois, de fundar uma ordem que, naquela ocasião e por mais centenas de anos, tornou-se o braço direito da Inquisição em seus esforços para eliminar os dissidentes.

Afora a curiosidade pela belo-horizontina aliança daqueles dois homens de humor aparentemente opostos, tive mais e melhores razões para continuar apegado ao território que eles e outras glórias da Igreja ocuparam no alto e nas encostas do Montes. Durante anos o Santo Antônio foi para mim cearense acariocado mas sempre que possível mineiro uma espécie de colina reservada a algo como encontros do terceiro grau. Um recanto no qual as rasteiras preocupações do dia-a-dia eram de vez em quando suspensas para permitir uma elevação a instâncias superiores, particularmente ao convívio com a arte em várias de suas manifestações. Convívio do qual eu sempre voltava no mínimo banhado de angústias mais leves.

No conjunto do Monte a particularidade do encontro da Santo Antônio com a São Domingos tornou-se ainda mais especial para mim. Acabei por identificá-lo como um desses lugares ditos de revelação. De descobertas que deixam marcas. Daí porque, sempre que volto a Belo Horizonte, partindo deste ou daquele ponto cardeal, faço questão de subir ao Monte e parar uns minutos naquele cruzamento. Então lembro, lembro, alegro-me, entristeço-me, e por fim me surpreendo pedindo a Deus (a Ele diretamente, e não por intermédio dos seus dois grandes santos, pois ainda me perturbam a aliança e a prata) que preserve aquele lugar, o máximo de tempo possível, do olho de vidro das imobiliárias.

Mario Pontes

Escritor e jornalista

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MEMORIAL DESCRITIVO

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Na despedida, o tempo se fragmenta:
a memória do copo de cerveja se derrama pela mesa
o traço da esferográfica perfura o papel
a ansiedade rabisca sonhos e imperfeições
a conversa-sem-pé-nem-cabeça se reconstrói,
faz sentido, e se torna lógica, cristalina, profética.

No céu claro, o avião deixa um rastro luminoso
e indica destinos somente projetados, ou concretos:
endereços patropi: uma casa ouropretana, umas casas
e prédios de esquinas, avenidas, ruas e praças belorizontinas
um quartier argelino, um museu piauiense
e outras imaginações -duos, trios, solos- em mapas diversos.

No cenário, ao longe, os previsíveis tons cinzas
e escassas cores:
mais escassa a arquitetura da cidade.

Carlos Alenquer
Publicitário

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Desenho de Éolo Maia – pag. 112 do livro Éolo Maia & Jô Vasconcellos Arquitetos

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GRUPO CORPO

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ALEXANDRE BRASIL
CARLOS ALBERTO MACIEL
ÉOLO MAIA
JÔ VASCONCELLOS
AMILCAR DE CASTRO

É de chapa de ferro
de chapa porque pretendo, partindo da superfície,
mostrar o nascimento da terceira dimensão.
De ferro porque é necessário
É natural de Minas, está ao alcance da mão
Todo mundo sabe trabalhar em ferro
A superfície é domada  é partida e vai sendo dobrada
É quando, e por fatalidade, o espaço se integra criando o não previsto.

Amilcar de Castro



Grupo Corpo

O Centro de Arte Corpo se realiza a partir da análise dos diversos condicionantes pré-existentes, buscando soluções que se constituam em respostas ativas às questões impostas pelo sítio, pelos usos propostos, pela tecnologia da construção a ser empregada e pela necessária relação com as artes.

O projeto apresenta respostas ao problema arquitetônico colocado em diferentes âmbitos, a saber:

1 – da geografia:
por permitir visadas desde longas distâncias, o lugar adquire especial relevância na relação da volumetria implantada com a geografia dos morros. Devido às grandes dimensões verticais do conjunto, inevitáveis pela existência da caixa do teatro e pelos altos pés-direitos solicitados, optou-se por destacar tal volumetria como um elemento escultórico que complementa a paisagem, de modo a reafirmar a importância da implantação deste edifício como elemento indutor de uma nova ocupação do sítio, fundador de uma referência primária à qual as intervenções vindouras podem se referenciar. Devido ao seu caráter escultórico, o conjunto, quando visto à distância, se contrapõe como objeto da cultura à extensa paisagem natural das montanhas e estabelece nesta escala uma relação de fruição em que os aspectos de natureza utilitária que diferenciam a arquitetura de outras artes se obliteram e seu aspecto monumental acentua sua leitura como uma escultura pousada na paisagem;

2 – do urbano:
o traçado viário, parcialmente implantado, gera no terreno do Centro de Arte Corpo uma orientação diferenciada na sua extremidade noroeste. Esta peculiaridade da malha viária e sua conseqüente repercussão no terreno permite a diferenciação de duas lógicas ordenadoras para a orientação dos volumes construídos, reforçando a necessária diferenciação entre Sede do Grupo e Centro Cultural em termos das demandas de espaços públicos e privados. Reforça ainda a diferenciação da orientação do Grupo Corpo a fim de enfatizar sua abertura para a paisagem.

3 – do edifício e seus intervalos entre interior e exterior: ao enfatizar através das fendas espaços de transição que caracterizam enfaticamente as gradações entre os domínios público e privado;

4 – do espaço interior e suas demandas utilitárias : ao zelar minuciosamente pela qualidade e ambientação de cada área que compõe o conjunto, assegurando um total controle dos aspectos ambientais  calor, frio, luz, sombra, exaustão, ventos através da estratégica localização das fendas, que diferenciam ainda espaços de naturezas distintas  espaços servidos, de serviço, de transição;

5 – do detalhe construtivo e tecnológico: ao utilizar o aço como elemento expressivo, para além de sua mera aplicação como suporte e estrutura, conferindo-lhe uma valor plástico que transcende a mera funcionalidade que a técnica mais imediata lhe determina.

Para a construção, propõe-se uma modulação estrita dos componentes de modo a facilitar o transporte e montagem das estruturas, cujos sistemas de estabilização reforçam a lógica de montagem a seco dos componentes. Para isso, utilizam-se lajes em painéis pré-fabricados de concreto protendido e vedações externas industrializadas com o revestimento final pré-aplicado.

Em relação à matriz escultural que define a estratégia conceitual do projeto, propõe-se o tratamento dos interiores e suas transições com o exterior de modo contínuo e integrado ao tratamento dos exteriores, buscando uma concisão das ordenações dos espaços interiores.

No Centro de Arte Corpo o aço é mais do que estrutura ou suporte: é elemento que enfatiza a estratégia da busca de uma síntese entre uma linguagem universal e as influências regionais, como a dança do Corpo, a contribuir para a construção de uma expressão contemporânea da cultura brasileira.

grupo corpo

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POR LINHAS TORTAS

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O desenho do arquiteto é, antes de tudo, sua linguagem. Nele se expressa toda uma simbologia capaz de revelar a verdadeira natureza de seu trabalho. Defrontando-se com toda a diversidade do mundo que o circunda, o arquiteto é um artista que, como o escultor e o pintor, aprende a codificar suas idéias por via de rabiscos gráficos mas, diferentemente dos demais, cabe a ele a responsabilidade de revelar a natureza das instituições humanas em sua obra, tendo assim um compromisso objetivo com os sentidos que estas instituições produzem no modus vivendi dos homens. Combinando para isso memória como experiência vivida, presente como vivência instantânea e projeções de futuro, este obreiro das idéias faz uso variados de seu vocabulário gráfico, desenvolvendo uma iconografia própria, pela qual trafegam motivos que vão desde a intenção puramente estética, até a mais matemática e rígida das ordens funcionais.

Euclides Guimarães,
Sociólogo e professor da PUC-MG,
Autor do livro “Desenho de Arquiteto”, AP Cultural, 1994.

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desenhos

1. Danilo Matoso, Estação Ferroviária de BH. Lápis sobre papel sulfite – 25x20cm – 1996
2. Bruno Campos
, Complemento para o Chrysler Building, NY, Arquiteto Bruno Campos. Nanquim e hidrográfica sobre papel manteiga – 30x40cm – 1994
3. Fernando Fuão
, Encontro das Águas, PI. Hidrográfica sobre papel – 20x30cm – 2001
4. Cláudio Parreiras
, Caderno de Viagens, Rua de Paris. Hidrográfica sobre papel – 20x30cm – 1995
5. João Diniz
, Residencial Sempione, BH. Arquitetos João Diniz e Adriana Aleixo. Pincel japonez e nanquim sobre papel – 20x30cm – 1997

6. Julio Gaeta, Puerto Galeta, Uruguai. Hidrográfica sobre papel, 10x15cm – 2001
7. Geraldo Benício, Rua da Cadeia, Valença, BA. Hidrográfica sobre papel – 15x15cm – 1995
8. Benedito Fer Moreira, Loja Divina Decadência, BH. Arquiteto Carico. Lápis Progresso 6B sobre papel manteiga – 90x50cm – 1995

9. José Octávio Cavalcanti, Pampulha, Igreja de São Francisco, BH. Desenho do natural. Grafite sobre papel – 250x36cm – 1997

10. Juan Carlo di Fillipo, Wolrd Trade Center, NY. Caneta tinteiro e pilot sobre papel – 30x20cm – 1995
11. Gustavo Penna, Casa do Zé de Barro, Serra do Cipó, MG, Arquiteto Gustavo Penna. Nanquim sobre papel vegetal – 21x30cm – 1995
12. Álvaro Hardy, Residencia em Nova Lima, MG, Arquitetos Álvaro Hardy, Marisa M. Coelho e Luiz Márcio Pereira. Nanquim sobre papel vegetal – 20x15cm -1998
13. José Lamas, Olhando o Mar, Açores. Tinta permanente sobre papel – 21x15cm – 1997

 

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CID HORTA 15º

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Residência Ziller

Colaboração:
Marina Campos Maciel e
Angela Evangelista
Fotos: Rui Cézar
Local: Belvedere, Belo Horizonte
Projeto: 1990
Obra: 1994

CID HORTA

Esta casa do Cid  impressiona pela sua inventiva, resultado da sua contrariedade com mesmice dos esquadros de desenho, aqueles dos ângulos de 30, 45 e 60 graus.

Deles, surgiam ângulos repetitivos, soluções facilitadas pela proximidade com o que a ferramenta poderia fornecer, semelhantes aos preguiçosos projetistas que utilizam do CAD e caminham por suas soluções óbvias, como com os antigos  esquadros e paralelas.

Inventa o Cid um esquadro de 15 graus e desenha esta casa, tridimensionalmente, sobre uma malha baseada neste agudo ângulo.

O resultado é impressionante. Um precoce deconstrution, uma visão particular do arquiteto sobre as questões da ortogonalidade espacial, das estruturas em malhas quadradas sobrepostas.

Também vale ressaltar o uso dos materiais utilizados nos muros, brilhos e transparências, onde o concreto, pastilhas, aço inox, sem a necessidade de viagens interplanetárias às soluções tecnológicas inglesas, alemãs e holandesas, tão em moda, traduzem a contemporaneidade da obra.

A piscina , também resultante do traçado sobre a malha é “negativa”, está onde normalmente estaria o jardim. Encostada nos muros de divisa, compõem paisagisticamente o pátio de fundos, local de lazer e espanto.

Uma aula.

 

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Cadeira de Arquiteto

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Cadeira:s.f. Assento com costas para uma pessoa; escola; aula; disciplina professada; funções de pro-
fessor; dignidade eclesiástica; sede; lugar que ocupa cada um dos membros de corporação política, cientí-
fica ou literária; cadeira de deputado, de acadêmico; – austríaca: cadeira de junco e palhinha; – curul:
cadeira de marfim em que sentavam os primeiros magistrados romanos; – de arruar; liteira para
transporte de pessoas distintas nas ruas da cidade (sinôn.: cadeirinha); – de São Pedro: o trono ou
sólio pontifício; sede do governo da Igreja Católica Romana (sinôn.: cadeira pontifícia); – elétrica: ca-
deira ligada a uma corrente elétrica de alta frequência, que serve para a eletrocussão de condenados nos
Estados Unidos; – gestatória: espécie de andor em que se conduz o Papa nas solenidades pontificais;
– pontifícia: cadeira de São Pedro; – s, pl. quadris; adj. 2 gên. (Bras., São Paulo) (pop) descadeirado,
de pernas bambas.

De: prep. Designativa de diferentes relações como de posse, lugar, modo, causa, tempo, dimensão, etc.

Arquiteto (architecto): s.m. Homem que exerce a arte da arquitetura; aquele que forma ou fantasia
planos.

A história do homem é contada através de suas realizações e, por um período, principalmente através de seus prédios/construções, seu modo de vida doméstica e política.

Mesmo hoje a arquitetura participa da história com grande relevância e, o mobiliário, complementa esta história e responde pelo uso dos espaços arquitetônicos.

O convite a um grupo de renomados arquitetos mineiros para que desenhassem cadeiras especialmente para a mostra Cadeira de Arquiteto foi a maneira que a AP Cultural encontrou de fixar e confirmar a importância desta manifestação, registrando seu tempo, disseminando a história deste tempo para o público de maneira geral e porisso a escolha do mall do Ponteio Lar Shopping, demonstração clara da intenção da AP desta divulgação para outros públicos.

Cadeira de Arquiteto, versão 1 e 2 é portanto uma mostra sobre o desenho de cadeiras feito por arquitetos, apresentada através de protótipos que utilizam nas suas concepções diversos materiais que falam de épocas, de estilos, das tecnologias, subvertendo um pouco a origem dos produtos que procuram seriar sua produção e passam a ter momentos de exclusiva solução, de objeto isolado, “cult”.

Com Cadeira, estimula-se a criatividade dos grupos envolvidos, amplia-se a discussão sobre o assunto, estimula-se a indústria local e divulga-se a cultura mineira nessa área. Cria-se uma referência geradora de conhecimento e informações atualizadas no setor de design, possibilitando maior integração entre os empresários dos setores produtivos de Minas e os profissionais de criação.

Estão previstas outras mostras com temas como “Arquiteto e seu criado mudo”, Arquiteto e a mesa de bar”, “Jóia de arquiteto”, dentre outras.

Agradecimentos:
Arquitetos participantes, Ponteio Lar Shopping, ANNO, IB Interiores, Mobile Design, HM – Heliana Moreira Interiores, Prima Linea, América Móveis e Objetos e All – Banco de Dados (Chistoph Reher – fotos).

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Uma ‘pracinha-falha’ na Sagrada Família em Belo Horizonte

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Entre 2 edifícios de apartamentos ‘sem caráter’ (tipologia MRV), em uma sobra de uma rua sem saída,
engenha-se uma ‘sala de visita’ externa e coletiva, referência comum e aberta às particularidades
de cada um dos moradores da vizinhança.   

Diante da ameaça, com a chegada de uma vizinhança nova e indeterminada, anunciada pela construção de um conjunto de edifícios em uma rua tradicional do bairro da Sagrada Família, a comunidade de moradores do local se articulou e, com o apoio e a intermediação do vereador André Quintão, deflagrou um processo de discussão que terminou por implantar um pequena praça no trecho sem saída da rua Campestre.

Um gesto ‘menor’ perante a grandeza do edifício-mundo, mas, como na leitura que DELEUZE e GUATTARI fazem da obra literária de KAFKA,

“…o que no seio das grandes literaturas ocorre em baixo e constitui
como que algo não indispensável ao edifício,
na literatura menor (por KAFKA) ocorre em plena luz;
o que lá provoca um tumulto passageiro,
aqui… uma sentença de vida ou de morte.”

( KAFKA, por uma Literatura Menor, GILLES DELEUZE e FÉLIX GUATTARI )

E neste universo do ‘menor’, em que a língua se faz modificada por um primordial coeficiente de desterritorialização, é que cabe ao arquiteto,  feito ele próprio ato construtor da matéria fundamental para o seu saber/fazer, o ato de se dispor e, incorporado das forças que emanam do contexto local, edificar uma ‘fresta rugosa’, ‘falha’ e  inaugural da possibilidade de uma ARQUITETURA.

Procurados por uma comunidade caracterizada por fortes vínculos de vizinhança e raízes antigas com a geografia local, ameaçada em seu ‘domínio’ pelas transformações incontroladas de uma cidade maior do que a possibilidade de uma regência determinante de seu transformar,  buscamos juntos (arquitetos, moradores, contexto local e o indeterminado do que estar por vir) desenhar a ‘arquitetura-meio’ para as relações com o desconhecido OUTRO que estava por chegar:

O projeto de uma ‘sala de visita’, com ‘mesa de jantar’ , lugar para as crianças, para a ‘seresta’, para namorar e ver o nascer da lua na serra do Curral,  lua encoberta pelo volume massudo do conjunto de edifícios de apartamentos que se fazia erguer ao longo de todo o quarteirão; mas também o desenho manifesto do ‘estranhamento’, de uma ‘rugosidade’ que ‘esfola’, do ‘pedaço’ incompleto daquilo que não sabemos como nomear, do ‘indeterminado’ de um tempo que se faz da e com a presença deste OUTRO.          

No diálogo publicado pela revista catalã ‘QUADERNS’, entre o arquiteto HANS KOOLHOFF e o cineasta WIN WENDERS, acerca da proximidade e das afinidades entre o fazer próprio ao CINEMA e o fazer próprio à ARQUITETURA, em suas ‘buscas de um modo de viver’, WENDERS diz :

“… o  FRAGMENTÁRIO, o PEDAÇO, crava suas raízes mais profundamente em nossa memória que o COMPLETO; o FRAGMENTO tem uma superfície RUGOSA onde nossa memória pode se AGARRAR. Na superfície lisa do COMPLETO a memória se ESCORREGA …”

E na ‘praçinha-falha’ da Rua Campestre, de um lado uma parede qualquer de reboco branco (logo feita suporte para grafitagem e pichações) , do outro o muro vermelho assentado sobre um rego de areia, coroado por um alambrado de arame  e cravejado por aleatórios grampos de ferro,  provocação ao acaso inventivo das crianças e às preocupações descabidas dos adultos; uma diagonal atravessada anuncia, desde a rua, a plataforma de concreto, que avança como um trampolim, para reconquistar a lua quase perdida; a arquibancada a espera de alguém e a mesa de concreto e perfis de aço, sem toalha e para todo mundo.  

Do feito ‘falho’ próprio à ARQUITETURA é que se tem a origem da TEXTURA, do ATRITO do qual se constitui a ponte para a relação possível com um outro tempo. É este ESFOLADO quem nos anuncia esta qualidade ‘RUGOSA’ que nos ancora, que dá sustentação aos nossos referenciais particularmente memoráveis,  como a que nos dizer que SIM, EXISTIMOS!. É a RUGOSIDADE quem nos oferta este RELAR que nos ESFOLA,   que nos garante que juntos estamos aqui.

“Enganarme-ei algumas vezes e, então, veremos algumas ruínas;
mas pode-se sempre, e com grande proveito, considerar uma obra falha como um degrau
de aproximação ao mais belo.”

( Eupalinos ou o Arquiteto, PAUL VALÉRY)

 



Arquitetos
:

ADRIANO MATTOS CORRÊA
Professor do curso de arquitetura do  Unicentro Izabela Hendrix
Mestrado: ‘Poética da Modernidade’ pela FALE-UFMG

MONIQUE SANCHES MARQUES
Professora  do curso de arquitetura do Unicentro Izabela Hendrix
Mestrado: ‘Teoria e Prática do Projeto de Arquitetura e Urbanismo’ pela EA-UFMG

 

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À  anos atrás quando ainda editavamos a revista Pampulha, e como hoje a Arquitetura – leia-se arquitetos – já estava em crise. Crise ideológica, política social, financeira e, principalmente um excesso de profissionais na praça sem ter o que fazer.

Em  uma notícia que saiu no JB (com certeza, por que nesta época ninguém lia o Globo) o arquiteto Maurício Roberto dizia estar a crise tão grande que uma das alternativas que os arquitetos encontravam era abrir restaurantes, bares, etc.

Por sinal, frequentamos alguns destes bares-de-arquitetos no Rio no tempo que o IAB funcionava naquela casa de Botafogo, em Brasília, como alternativa ao eterno Beirute, e também em Recife/Olinda, todo de tijolo descascado.

Em socorro a tão dramática situação, nós da Pampulha  resolvemos publicar receitas na tentativa de fornecer à classe em desespero subsídios reais, receitas testadas pelo nosso departamento de culinária capitaneado pelo chef e cordon bleau Veveco.

Dentre estas, este empadão goiano.

Dona Geca (Argelina Campos Emrich) uma goiana de raça, mãe, avó e bisavó de milhares de pessoas, vivia em Rio Verde/GO.

Pratos salgados e doces para ela não tinham segredos, mas não queles pratos sofisticados com nomes impronunciáveis e sim os quindins, doces de goiaba, goiabada, de cajú do campo, de manga (decortar e de colher), geléias, leitoa, galinha, frango, pato, perdiz, linguiça, chouriço, tortas, etc… e o empadão que vamos lhe apresentar.

Para a massa:

250 g de farinha de trigo,1/2 concha de banha de porco, 1/2 colher de sopa de manteiga, 2 ovos e 1/2 xícara de salmoura.
Com a salmoura, umidecer a farinha e em seguida colocar os outros ingredientes. Amassar bem e deixar descansar por duas horas.
No recheio entra quase tudo: miolo de pão molhado no leite, ervilhas, batatas inglesas cozidas em pedaços, frango, azeitonas, queijo, palmito, linguiça etc.
Cozinhar o frango e quando pronto desfiar e separar.
Fritar a linguiça sem deixar torrar; desencaroçar as azeitonas, picar o palmito e o queijo.
Abrir a massa com o rolo, untar a forma (pirex) e forrar deixando sobrar umas beiradas. No fundo vai o miolo de pão molhado no leite e, por cima, o resto, tudo misturado. Regar com molho feito com o caldo de frango temperado a gosto (sal, salsa, cebola, pimenta, alho). Cobrir com o resto da massa e dobrar as pontinhas que sobraram, “costurando” as beiradas.
Passar uma gema de ovo sobre a massa, forno quente e esperar assar. Comer. Sorrir. Dormir. Acordar, experimentar frio. Tão bom quanto. Amanheceu, melhor ainda.
Hoje, com tantas novas escolas e tantos e inimagináveis novos arquitetos, retomamos nossa forma de contribuir com a classe: RECEITAS.

 

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NOTÍCIAS


AL

Mostra de Arquitetura Alagoana – O IAB/AL realiza em novembro a já tradicional Mostra de Arquitetura Alagoana. Nesta 8a edição, a Mostra traz ainda uma premiação, o Prêmio IAB/AL 2002, tendo como júri expoentes da Arquitetura nordestina de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A Mostra e a Premiação do IAB/AL têm como objetivo reunir, discutir, divulgar e destacar obras arquitetônicas e urbanísticas realizadas em Alagoas ou em outros estados, quando realizadas por arquitetos filiados ao IAB/AL, comprometidas com a qualidade estética, social e tecnológica. O IAB-AL organiza ainda a Semana do Arquiteto, nos dias 10 a 12 de dezembro.

MG


Edmundo Werna premiado – O arquiteto mineiro Edmundo Werna foi agraciado com o Prêmio de Desenvolvimento Sustentável – Encontro de Cúpula da Terra 2002, em Johannesburgo. Seu nome, escolhido através de votação on-line, destacou-se entre outras 29 pessoas e organizações de várias nações e profissões.

O prêmio reconhece e  destaca o trabalho de organizações e indivíduos que contribuem significativamente com a implantação do desenvolvimento sustentável em todo o planeta e está embasado nas regras de gestão ambiental definidas na ECO92 que visam o combate à desigualdade social, o crescimento econômico e a preservação ambiental.

Almoço dos Arquitetos – Mais uma vez os arquitetos mineiros se encontram para a 11ª edição do Almoço dos Arquitetos, no dia 30 de novembro, na Sede do Retiro das Pedras. O tema este ano é Festa no Céu, homenageando os arquitetos Éolo Maia, Cid Horta, Marco Antonio Anastasia e Sérgio Bernardes.

Exposição Raffaello Berti – O Consulado da Itália, o IAB-MG e a AP Cultural organizam para o início de dezembro uma mostra do trabalho do arquiteto Raffaello Berti para empresários de Belo Horizonte. A mostra visa levantar recursos para uma mega exposição dos projetos do arquiteto em 2003.

“Reabilitação Urbana – novas políticas para as cidades” – O objetivo da Conferência que leva este título é explorar as possibilidades das novas políticas públicas baseadas em parcerias público-privadas e na participação popular, e suas reepercussões nas políticas urbanas, de patrimônio e de reabilitação de áreas.
Propondo uma perspectiva comparativa, que reúne experiências do Brasil, Inglaterra, França e Espanha, o encontro deseja aprofundar o conhecimento sobre esse espaço de interseção ainda pouco analisado -e que parece caracterizar as políticas urbanas na contemporaneidade.

A Conferência, que acontece em Belo Horizonte em novembro,  é uma parceria da Escola de Arquitetura da UFMG, do IAB-MG e do Liverpool Architecture and Design Trust (LADT), e conta com apoio da Fundação João Pinheiro, do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de MG e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.


PB


ENGEARQ e COSU
– O Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba, o IAB-PB e o SINDUSCON-JP realizam o 8º ENGEARQ – Encontro de Engenharia e Arquitetura: Novas Tecnologias, a 6ª Feira da Construção Civil e da Arquitetura e a I Mostra Brasileira de Invenções, em novembro de 2002, em João Pessoa/PB.

O Encontro ocorre anualmente e reúne um grande número de profissionais e estudantes de vários Estados do Brasil. Sua programação consta de palestras técnico-científicas, que possibilitam um amplo debate sobre tecnologia de ponta, novos sistemas construtivos, meio ambiente e questões que envolvem urbanismo, paisagismo e design, e traz convidados do Brasil e do exterior. O encontro promove também cursos de curta duração, exposições, premiações e lançamentos de livros e softwares.

Paralelamente, João Pessoa recebe a 115a Reunião do Conselho Superior do IAB  COSU-IAB, que trata do futuro das nossas cidades, da profissão do arquiteto e de seu papel social frente aos desafios do mundo globalizado. Este ano o COSU homenageia o arquiteto Lucio Costa pelo centenário de seu nascimento.


RJ

XVII – Congresso Brasileiro de Arquitetos – O IAB/RJ organiza o evento, que acontecerá entre 29 de Abril e 03 de Maio de 2003, no Rio de Janeiro. Informações no site www.iabrj.org.br/congresso2003.htm

RN


X Encontro de Arquitetos – Em novembro, na cidade de Natal/RN, o evento traz como tema a Arquitetura do III  Milênio. Acontecerão palestras de arquitetos brasileiros, mini-cursos, além da escolha dos ganhadores do Prêmio IAB de Arquitetura Papa-Jerimum, nas categorias Ambientação, Arquitetura Comercial, Arquitetura Residencial, Comunicação Visual, Design de Móveis, Paisagismo, Urbanismo, Produção Científica.


SP

5ª BIA de Sampa – Tendo como objetivo mostrar a produção contemporânea de arquitetos brasileiros e estrangeiros, a 5a BIA – Mostra Internacional de Arquitetura e design de São Paulo vai propor como centro de debate a contribuição dos arquitetos em todas as suas áreas de atuação: arquitetura, urbanismo, design, paisagismo, comunicação visual, interiores etc. Os trabalhos expostos serão relacionados ao tema Metrópole. A inscrição poderá ser feita até o dia 31 de março de 2003. Mais informações: (11) 259-6866 ou (11) 259-6597.

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LIVROS

 

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A Revisão do Movimento Moderno?
Arquitetura no Rio Grande do Sul nos Anos 80
Sergio Moacir Marques
Editora Ritter dos Reis, Porto Alegre/RS – (51) 3230-3333

O livro aborda o contexto da arquitetura no Rio Grande do Sul durante a década de 1980, trazendo uma reflexão crítica face ao momento de revisão, de experiências e de mudanças em relação à arquitetura moderna lá praticada. Esse universo recente, que colocou novos paradigmas em cena e que ainda não se encerrou, já permite uma visão pautada por um certo distanciamento. Com uma análise de caráter historiográfico e crítico, A Revisão… pretende contribuir para uma visão conjunta do período e compensar a escassez e dispersão de registros bibliográficos a respeito da arquitetura contemporânea no Rio Grande do Sul.

Projetos Institucionais
Sylvio E. de Podestá
AP Cultural, Belo Horizonte/MG – (31) 3296-3426 / podestasylvio@terra.com.br

Projetos Institucionais é o segundo livro da trilogia que apresenta os projetos de Sylvio E. de Podestá o primeiro foi Casas, de 2000. Os projetos refletem a procura do autor por uma arquitetura culturalmente inserida nos locais onde sua ação é exigida. Mostra produção diversificada, resultado de abordagens personificadas exigidas por cada momento e tema deste grupo de projetos: escolas, museus, centros culturais, edifícios-sede, centros administrativos, habitação popular, hotéis e clubes.

João Diniz, Arquiteturas
João Diniz
AP Cultural, Belo Horizonte/MG – (31) 3296-3426 / podestasylvio@terra.com.br

Arquiteturas apresenta alguns dos projetos desenvolvidos pelo arquiteto mineiro João Diniz em seus 22 anos de carreira. Abrange desde design de móveis e projetos de decoração até urbanismo, passando por casas, edifícios residenciais e comerciais e experiências acadêmicas fotografia, desenho, música e outras. Reflete a preocupação do arquiteto em integrar estética e ética em projetos que aliam sua identidade e cultura ao compromisso com a contemporaneidade. Traz ainda um ensaio crítico do arquiteto italiano Roberto Segre sobre os projetos de Diniz.

Designer não é personal trainer e outros escritos
Adélia Borges
Editora Rosari, São Paulo/SP  edirosari@uol.com.br

O livro reúne mais de 50 crônicas sobre design, desde um ponto de vista do cotidiano. Nos artigos, publicados originalmente no caderno Fim de Semana do jornal Gazeta Mercantil, a jornalista Adélia Borges explora as intersecções do design com assuntos correlatos como arquitetura, moda, arte aplicada, artesanato, inovação industrial, poluição visual, políticas culturais, consumo, comportamento e marketing.


Paulo Mendes da Rocha

Helio Piñón
Romano Guerra Editora, São Paulo/SP romanoguerra@vitruvius.com.br

Este primeiro volume da coleção Documentos de Arquitetura Moderna é uma homenagem pessoal do autor a Paulo Mendes da Rocha. É composto por um texto introdutório, uma longa entrevista com o homenageado e imagens de seus projetos. A seleção das imagens mostra o olhar inquiridor de Helio Piñón, registrando sua própria maneira de ver as obras retratadas. Já estão em preparação os próximos volumes da coleção: Eduardo de Almeida, Eduardo Souto de Moura e Raúl Sichero.

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