Cidade do Avião

ARQUITETO SYLVIO EMRICH DE PODESTÁ

COLABORAÇÃO PAULO O. GRECO; PEDRO ARAGÃO DE PODESTÁ

LOCALIZAÇÃO RIO DE JANEIRO, RJ

EMPREENDEDOR MCM MARCONDES CONSULTORIA E MARKETING

CONSULTORIA GERAL MARCUS REBUZZI

CONSULTORIA OBRA ENGENHEIRO RICARDO WILSON MARTIM DA COSTA

ÁREA DO TERRENO 500.000,00 M2

ÁREA DO MUSEU  89.800,00 M2

ÁREA DO NÚCLEO CULTURAL  21.500,00 M2

ÁREA NÚCLEO DE NEGÓCIOS, SERVIÇOS E LAZER (SHOPPING CENTER, SERVIÇOS PÚBLICOS E GERAIS, HOTEL E CONVENÇÕES) 54.000,00 M2

ÁREA SUPERMERCADO 10.00,00 M2

ÁREA ESTACIONAMENTOS COBERTOS E DESCOBERTOS 47.000,00 M2

ÁREA ESCOLAS 6.500,00 M2

ÁREA PRAÇAS 25.000,00 M2

ÁREA TOTAL 253.800,00 M2

MAQUETE ARISTIDES LOURENÇO

CIDADE DO AVIÃO
Museu Aeroespacial Santos Dumont

“O esboço do projeto da Cidade do Avião é uma proposta que reúne o sucesso de um ideal, transformado em realidade pelo esforço e dedicação de um punhado de oficiais da Força Aérea Brasileira, com um cuidadoso planejamento de consistências e coerências técnicas, sociais, culturais e financeiras. É também uma prova de uma grande coragem de conservar, recriar, ampliar e transformar um museu de sucesso em um empreendimento politicamente correto e avançado na concepção sócio ambiental. Mais do que isso, partindo de um ponto de referência de educação, cultura e lazer, pretende ser um polo de desenvolvimento e atrativo investimento para a iniciativa privada”.

Tribuna das Gerais, Agosto de 2006.

Muitas vezes um projeto de arquitetura e seus complementares são acionados para produzir informações de caráter prospectivo, investigativo, que vai compor um elenco de dados necessários a tomada de decisões conjuntas de todas as áreas envolvidas no processo e dele dar partida ao que inicialmente, abstratamente, se propunha.
A Cidade do Avião apesar de ser apenas um estudo inicial, preliminar, produz estas informações necessárias ao seu complexo estudo de viabilidade, e para esta fabricação de dados o projeto referenciou-se num elenco de consistências: Lei de Ocupação do Solo do Rio de Janeiro e seu Plano Diretor, legislação específica sobre as limitações do espaço aéreo e legislação ambiental da área do entorno do projeto.

Prevê como fontes básicas de recursos os da iniciativa privada na construção e exploração das áreas pertinentes, utilização regulamentar dos incentivos federais, estaduais e municipais que beneficiem o projeto tanto na área museológica quanto na educacional além de outras formas como Amigos do Museu, etc.
Procura o total atendimento à legislação, normas e especificações técnicas dos organismos de controle de qualidade bem como amenizar impactos ambientais, limitando as destinações e ocupação de espaços, total gerenciamento de resíduos líquidos e sólidos. A mesma estratégia conduz a soluções para os impactos urbanos, infra-estrutura ou serviços, baseando-se na análise da oferta de infra-estrutura de água, energia, esgotamento sanitário, pluvial, oferta de sistema viário, rede de comunicações ou dos serviço como coleta de lixo, transportes urbanos, linhas e trajetos. E os conseqüentes impactos provenientes da freqüência do público alvo e do corpo de funcionários na teia urbana.
Ainda no urbano e de forma macro, avaliação de acesso ao empreendimento, facilitadores de trânsito (comunicação com aeroportos, estações ou terminais rodoviários e estações de metrô).
Todo este universo de legislações diversas só passam a ter sentido prático quando se faz a análise da vocação da região sob suas diversas óticas, levantamento da oferta de serviços complementares de comércio, atacado, indústrias e zonas residenciais, levantamento de segmentos concorrentes e de suporte ao empreendimento.
Estas propiciam também qualificar tipo de materiais a serem utilizados, tipo de gestão construtiva e administrativa do conjunto, seguranças necessárias, dentre outras.
A estas se agrega a avaliação da tipologia do público alvo, sua preferência e pontos fortes e fracos da área do empreendimento, tendência de consumo do público, perfil sócio econômico visando conhecer renda familiar, formação cultural, faixas etárias, população flutuante, hábitos, predileções por comércio, serviços, lazer e outros.

Comercialmente, deve-se estudar os segmentos de negócios existentes próximos ao empreendimento, valor médio das compras, potencial de gastos, opções de freqüência por atividades, percentual de público freqüente por dia da semana e período diurno e noturno, o potencial de novos usuários do empreendimento, forma de atraí-los.
A Arquitetura tem então esta tarefa, traduzir todas estas questões em espaços, fluxos, circulações, estacionamentos, lazer, contemplação sem perder o foco que o empreendimento tem como centro atrativo o Museu Aeroespacial Santos Dumont, e a magnitude do seu mix caracteriza sua concepção técnica de cidade, a do avião que nos remete a uma forte referência de modernidade do mais ágil e melhor meio de união dos povos e de sua cultura.
Embora uma profunda pesquisa de mercado ainda seja necessária, o ambiente da Barra da Tijuca é consagradamente vocacionado a atividades de serviços, cultura e lazer.
Nesta fase, a concepção do lugar, do empreendimento, baseou-se em seis tópicos de referência:

  1. A Barra da Tijuca como região natural do crescimento da cidade do Rio;

2. A credibilidade do empreendedor ao cidadão e ao investidor;

3. O Rio como pólo turístico, cultural e de lazer de conhecimento nacional e internacional;

4. O mix de atividades culturais, de serviços e de lazer resultante destes estudos como credencial para um empreendimento do porte projetado;

5. Público de variada representatividade das diversas classes sociais, faixas etárias e culturais e,
6. Oferta de atrativos permanentes e eventuais tanto para o a população do Rio de Janeiro como para o visitante ou turista nacional e internacional.

Para atingir estes objetivos, o projeto procurou criar núcleos distintos de destinação para estes variados segmentos sociais e faixas de idade, além de um grande público fixo interno, ponto fundamental para geração de emprego e renda e um público flutuante capaz de freqüentar o empreendimento em todos os horários do dia e em todos os dias da semana, de forma a criar realmente o sentido comunitário misto e plural de uma verdadeira cidade.

Arquitetônicamente, uma grande asa, simétrica a pista de pouso e decolagem onde se localizam o grande hall, alas de exibição de aeronaves e equipamentos abertas em transparência para a pista e contidas no outro lado pelas salas de apoio, interatividades virtuais, biblioteca, acervos de documentos e fotografias, serviços diversos. Caminhando no sentido das extremidades das asas, mostras permanentes ou dinâmicas de instituições ligadas a aviação e afins como produtoras de equipamentos, designers e designs, Embraer e outras. Em anexo o Centro de Restauro que também é escola de formação.
Entre as possibilidades interativas a pista permitirá vôos monitorados em diversos tipos de aparelhos bem como exibições em datas comemorativas.
Escolas profissionalizantes, de arte, teatro e dança, além de galerias e salas de espetáculos compõem a parte cultural.
Equipamentos comerciais como hipermercado, shopping Center, centro de serviços, hotel e toda infra-estrutura necessária dão suporte aos componentes de mercado, financiador macro do empreendimento. Grandes praças de eventos permitem montagem de feiras e outros eventos que demandam tal estrutura.

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