Se somos estatística e realisticamente urbanos, desaparece a formatação básica para se inserir um objeto em uma malha urbana canonísticamente falando, ou seja, não devastamos a terra,ou pelo menos não deveríamos, para que o novo possa se apresentar como o novo.
É claro que para alguns consagrados e alguns lugares oficiais, abrem-se espaços memoriais, em esplanadas oficiais, minas ou pontas de cabo branco, terras planas e altiplanas, lisinhas, para que grandes objetos tenham paz na sua solidão institucional.
Outros, mortais, convivem com apertos, bastando ver os brises spadonicos do novo prédio paulista que miram os antigos tijolos makenzianos (citado pelo batido das horas) ou pelo enterramento politicamente “providencial” do Teatro da Orquestra de Minas que se pretendia menos silencioso, mais arquitetura e menos adega, para citar apenas dois exemplos atuais.
Sistemas de transportes urbanos como o metrô são visualmente percebidos nas cidades através de grandes interferências físicas, pelas suas estações aéreas e subterrâneas e pela presença constante de fluxos de pessoas em estações de integração, transferências e de distribuições de fluxos secundários.
Neste imenso complexo sempre em expansão, projetamos um pequeno edifício de apoio ã lavação dos vagões do metrô.
Implantado sobre uma caixa d’água subterrânea, suas funções (bombas, compressores, depósito, controle, caixa d’água e terraço) se localizam nos quatro pisos divididos em partes iguais por uma escada de acesso protegida por lâmina cimentícia curva que liga os dois lados do conjunto. Uma cobertura plana, ovóide, sombreia a última laje e serve de proteção ao segurança que ali controla parte da vigilância do setor.