Inserção de um edifício a ser construído em terreno vizinho a uma residência com características únicas no que diz respeito a época, estilo e pretende, com sua forma de implantação responder às questões da preservação do que diz respeito a proximidade com a construção e ampliação da perspectiva do volume no sentido frente/fundos.
Orientados apenas pelos afastamento legais previstos de construção a construção em situações semelhantes diminuiriamos a possibilidade de leitura da volumetria principal da casa vizinha. De um lado prejudica a visão do observador vindo da rua principal e amplia para um fundo de construção vista que nos parece desprovida de valor arquitetônico.
Projetamos afastamentos sucessivos no sentido esquina/divisa, o que libera a volumetria realmente rica da casa e contribuem para a valorização do imóvel a ser preservado a partir desta ampliação da perspectiva urbana, deste olhar possível, seja como pedestre ou como motorista.
Acompanhar a trajetória da Rona desde os primeiros tempos, ainda quando fazíamos a Revista Pampulha, seu crescimento na segunda fase (leia-se Avenida Men de Sá) e agora, no Bairro Olhos D’água é desenhar um gráfico (sem o trocadilho óbvio) ascendente. A primeira reforma que fizemos em 1993, acrescentamos ao prédio existente uma racional estrutura pré-moldada, com sua ortogonalidade amenizada por brises metálicos curvos. Posteriormente a Rona atravessou a rua e foi se completar nos lotes disponíveis daquele outro lado, incorporando ao seu fazer fotolito e pré-impressão além de maior capacidade de expedição.
Esta divisão funcionou até o momento de se reprogramar, de projetar o crescimento e programar reservas para atender as demandas futuras. Exigiu novo espaço que atendesse a estas estratégias mas que se localizasse em área de fácil acesso, qualificada dentro das características da Rona e de seus clientes, publicitários, artistas, industriais, etc.
Se somos estatística e realisticamente urbanos, desaparece a formatação básica para se inserir um objeto em uma malha urbana canonísticamente falando, ou seja, não devastamos a terra,ou pelo menos não deveríamos, para que o novo possa se apresentar como o novo.
É claro que para alguns consagrados e alguns lugares oficiais, abrem-se espaços memoriais, em esplanadas oficiais, minas ou pontas de cabo branco, terras planas e altiplanas, lisinhas, para que grandes objetos tenham paz na sua solidão institucional.
Outros, mortais, convivem com apertos, bastando ver os brises spadonicos do novo prédio paulista que miram os antigos tijolos makenzianos (citado pelo batido das horas) ou pelo enterramento politicamente “providencial” do Teatro da Orquestra de Minas que se pretendia menos silencioso, mais arquitetura e menos adega, para citar apenas dois exemplos atuais.
Como toda empresa em expansão cuidar bem da operação administrativa é fundamental. Este edifício além permitir a melhora desta função também acrescentaria uma imagem contemporânea a empresa que tem seu trabalho focado em edifícios administrativos e institucionais.
Os diversos croquis ilustram a procura formal.
Este terreno foi durante muito tempo parte do imaginário imobiliário da cidade. Vários arquitetos fizeram ali propostas nas quias uma grande área era reservada a lojas, meio shopping center meio galeria como as antigas existentes no centro da cidade.
Estacionamentos, muitos e apartamentos também muitos. O local é uma espécie de transição entre uma conturbada avenida sanitária e novos bairros classe média alta que começavam a ser ocupados.
Tempos depois um restaurante de hamburguês ocupou a esquina e as torres residenciais lhe fazem moldura. O mercado desviou seu olhar para outras plagas e do imaginário restaram apenas estes desenhos, quando também fomos chamados para ali intervir.
Pobre destas cidades que passam tão rápidas. Passo.
Belo Horizonte tem na sua legislação uma anomalia: garagens acima das lojas e sobrelojas, avançando até o alinhamento e divisas, nominadas 2º. Pavimento 1, 2º. pavimento 2 e assim sucessivamente até 10,80m e ali o Pilotis, lá no alto. Role no túmulo Corbusier.
Este projeto procura resolver esta questão incorporando estes pisos de garagens ao corpo do prédio, desenha uma torre com base, fuste e cobertura/capitel a partir do velho e conhecido partido em “H”, com quatro pequenos apartamentos por andar, programa exatamente igual ao edifício vizinho que se vê na maquete. Também marca a esquina com um forte desenho como devem estas visadas em tensão.
Trata-se de terreno com conhecido potencial comercial, localizado em região de alto poder aquisitivo, com vias de circulação regional de grande porte e anel secundário em fase de implantação.
Sua proximidade com o BH Shopping, ao mesmo tempo em que o potencializava como empreendimento comercial, também requereu a elaboração de um mix diferenciado, de modo a não competir com aquele. Procurou-se oferecer uma infra-estrutura de lazer e serviços não encontrada nas adjacências, visando atingir também um universo de consumidores localizados fora de sua área de influência primária.
Foi proposto um edifício com diferencial arquitetônico compatível com o público a ser atingido: harmônico com a topografia do terreno, com forte ênfase na ambientação de seus espaços, onde o apelo visual de sua arquitetura se converte em marketing do próprio empreendimento. Um edifício formalmente elegante na sua simplicidade construtiva e identificação com a vizinhança.
Os primeiros shoppings brasileiros são cópias tardias de shoppings americanos principalmente da década de 60, que ainda hoje, servem, como base para projetos “atuais”. A publicação deste projeto interessa no sentido de prestar informações sobre as diversas abordagens que devem ser consideradas em um empreendimento desta natureza.
Arquitetos: Sylvio E. de Podestá e Benedito Fernando MoreiraColaboração: Ana Paula S. de Assis, Shirley Santos CostaÁrea do terreno: 1477,50 m2Área da construção: 2.245,00 m2Ano do Projeto: 1994/95Obra: 1995/96/97 MICROCITY COMPUTADORES E SISTEMAS Edifício localizado no Município de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, em área de futura expansão urbana, com vista definitiva […]
Arquitetos: Sylvio E. de Podestá e Maurício MeirellesLocal: Belo Horizonte, MGÁrea: 1500,00 m2Projeto/Obra: 1996 Localizada na Avenida Olegário Maciel, próximo à praça da Assembléia, a sede do Canal 23 (antigo Canal 15) ocupa um terreno de 864 m2 de área. A construção aproveita parte das instalações originais de uma edificação de dois pavimentos, à qual […]
Este projeto participou de um concurso fechado promovido pela construtora entre quatro equipes. Como era um projeto proposta, procuramos mostrar suas amplas possibilidades de redesenho e adaptações ou de ganhos financeiros.
Circulações reduzidas no Shopping, aumento de ABL ou sobra de área computável para o edifício anexo comercial; luz natural como convém um open mall; praça de alimentação de frente para a lagoa – ponto focal do terreno – reforçando o conceito de shopping aberto; acesso de veículos pela rua posterior, ampliando a oferta de áreas comerciais pela entrada principal;
O lugar antigamente ocupado por casas geminadas, art decô, era a sede da Premo, para mim a primeira, onde éramos recebidos pelo Renato e, estudantes, conhecermos da pré-fabricação em concreto, roubarmos seu tempo e eventualmente sua biblioteca com revistas nórdicas e outras brasileiras que sempre contaram com o apoio da Premo/Renato: Informador das Construções (que veio no futuro dar apoio a Revista Vão Livre, precursora da Pampulha) e da Arquitetura e Engenharia do saudoso Godoy, uma das mais importantes revistas da arquitetura brasileira no farto período modernista. Que o digam Eduardo Mendes, Rafael Hardy, Sylvio de Vasconcellos e o então menino Fernando Graça, além de vários outros. Nossa AP também recebeu grande apoio enquanto viveu.
ARQUITETOS SYLVIO EMRICH DE PODESTÁ ; JÚLIO ARAÚJO TEIXEIRA PROPRIETÁRIO MENDES JÚNIOR EDIFICAÇÕES LOCALIZAÇÃO BELO HORIZONTE, MG ÁREA TERRENO 650,00 M2 ÁREA 2.765,00 M2 A Savassi é um mistério: não é bairro, faz parte do Bairro dos Funcionários; não é praça e é chamada de praça; tinha um cinema com fama de cineclube e antes […]
Este edifício abriga a sede da construtora na sua parte comercial, que o ergueu de forma a traduzir a imagem de contemporaneidade com que ela tentava impor aos seus clientes.
Um subsolo semi-enterrado foi necessário em respeito ao lençol freático. Logo acima três níveis, a loja ocupada pela construtora, pilotis e cinco pavimentos com uma unidade residencial por andar, sendo o último, duplex.
Estruturado em concreto armado, na sua leitura externa é possível perceber o domínio da solução estrutural, visível nos pavimentos acima do pilotis com a adoção de balanços, desenhada na medida exata da independência dos volumes. No revestimento da torre principal, reforça-se esta leitura no desenho do assentamento do revestimento e do formato das esquadrias laterais. Esta solução sugere leveza ao conjunto, reforça suas independências mas dá à relação dos dois acoplagem conveniente.
Localizado em conturbada rua comercial, este pequeno edifício comercial, com loja e sobreloja e andares de salas, é transparente na sua base, dando total visão as funções exercidas na loja de venda de passagens e acima, além das aberturas necessárias e protegidas por brises, tem uma asséptica volumetria revestida em cerâmicas brancas e brilhantes num claro confronto à confusão urbana. Com o sol matinal brilha como pequena jóia.
A estrutura residencial existente deveria ser modificada para receber um edifício comercial (apart hotel) com lojas e serviços além de lazer.
Modificações internas nos apartamentos tipos, agora divididos em quatro unidades, pilotis com salas de convenções, café e bar, academia, etc.
Varandas em estrutura metálica foram anexadas às fachadas, de cor vermelha, contrastam com o revestimento cerâmico texturizado azul, que se modifica suavemente de tom com a passagem do sol.
O acesso se faz por um grande átrio também em metal vermelho e vidro, ladeado por lojas afins.