Fotos de Danilo Viegas “Não serve pra nada uma cidade sem vida no chão” Sylvio de Podestá critica a arquitetura do espetáculo e do vazio, que ignora a vitalidade urbana, a paisagem e a história do lugar Há dois anos atrás fui entrevistado pelo Fabris aqui no meu escritório sobre temas diversos para a revista […]
Ensinando a bordar Eu não sabia que aqueles círculos que prendiam panos para as bordadeiras realizarem seus trabalhos chamavam-se bastidores para bordar que nada mais é do que um caixilho de madeira, de formas variadas, no qual se prende e se estica o tecido sobre o qual se borda, pinta etc. segundo o dicionário que […]
Acompanhar a trajetória da Rona desde os primeiros tempos, ainda quando fazíamos a Revista Pampulha, seu crescimento na segunda fase (leia-se Avenida Men de Sá) e agora, no Bairro Olhos D’água é desenhar um gráfico (sem o trocadilho óbvio) ascendente. A primeira reforma que fizemos em 1993, acrescentamos ao prédio existente uma racional estrutura pré-moldada, com sua ortogonalidade amenizada por brises metálicos curvos. Posteriormente a Rona atravessou a rua e foi se completar nos lotes disponíveis daquele outro lado, incorporando ao seu fazer fotolito e pré-impressão além de maior capacidade de expedição.
Esta divisão funcionou até o momento de se reprogramar, de projetar o crescimento e programar reservas para atender as demandas futuras. Exigiu novo espaço que atendesse a estas estratégias mas que se localizasse em área de fácil acesso, qualificada dentro das características da Rona e de seus clientes, publicitários, artistas, industriais, etc.
Sistemas de transportes urbanos como o metrô são visualmente percebidos nas cidades através de grandes interferências físicas, pelas suas estações aéreas e subterrâneas e pela presença constante de fluxos de pessoas em estações de integração, transferências e de distribuições de fluxos secundários.
Neste imenso complexo sempre em expansão, projetamos um pequeno edifício de apoio ã lavação dos vagões do metrô.
Implantado sobre uma caixa d’água subterrânea, suas funções (bombas, compressores, depósito, controle, caixa d’água e terraço) se localizam nos quatro pisos divididos em partes iguais por uma escada de acesso protegida por lâmina cimentícia curva que liga os dois lados do conjunto. Uma cobertura plana, ovóide, sombreia a última laje e serve de proteção ao segurança que ali controla parte da vigilância do setor.
Nada mais importante na arquitetura, entendida como inserção urbana, do que a relação entre o caminho e a praça, itinerância e radiância, horizontal e vertical, terra e céu, animadores da nossa capacidade de transcender o plano moral e pragmático.
Nas grandes densidades urbanas perdeu-se a transcendência –e com ela, o vazio.
Exemplo melhor dessa capacidade de relacionar itinerância e radiância –ou sua perda– é o conjunto Sulacap/Sudameris, em Belo Horizonte (Roberto Campello, 1941) que, com suas torres, conformava a antiga praça dos Correios, compunha um pórtico simétrico que enquadrava o viaduto Santa Tereza e, mais ainda, integrava visualmente o bairro da Floresta ao Centro, num diálogo sedutor entre o centro projetado e o novo bairro que se consolidava.
Trata-se de terreno com conhecido potencial comercial, localizado em região de alto poder aquisitivo, com vias de circulação regional de grande porte e anel secundário em fase de implantação.
Sua proximidade com o BH Shopping, ao mesmo tempo em que o potencializava como empreendimento comercial, também requereu a elaboração de um mix diferenciado, de modo a não competir com aquele. Procurou-se oferecer uma infra-estrutura de lazer e serviços não encontrada nas adjacências, visando atingir também um universo de consumidores localizados fora de sua área de influência primária.
Foi proposto um edifício com diferencial arquitetônico compatível com o público a ser atingido: harmônico com a topografia do terreno, com forte ênfase na ambientação de seus espaços, onde o apelo visual de sua arquitetura se converte em marketing do próprio empreendimento. Um edifício formalmente elegante na sua simplicidade construtiva e identificação com a vizinhança.
Este projeto participou de um concurso fechado promovido pela construtora entre quatro equipes. Como era um projeto proposta, procuramos mostrar suas amplas possibilidades de redesenho e adaptações ou de ganhos financeiros.
Circulações reduzidas no Shopping, aumento de ABL ou sobra de área computável para o edifício anexo comercial; luz natural como convém um open mall; praça de alimentação de frente para a lagoa – ponto focal do terreno – reforçando o conceito de shopping aberto; acesso de veículos pela rua posterior, ampliando a oferta de áreas comerciais pela entrada principal;
ARQUITETOS SYLVIO EMRICH DE PODESTÁ ; JÚLIO ARAÚJO TEIXEIRA PROPRIETÁRIO MENDES JÚNIOR EDIFICAÇÕES LOCALIZAÇÃO BELO HORIZONTE, MG ÁREA TERRENO 650,00 M2 ÁREA 2.765,00 M2 A Savassi é um mistério: não é bairro, faz parte do Bairro dos Funcionários; não é praça e é chamada de praça; tinha um cinema com fama de cineclube e antes […]
Estes três edifícios são exercícios de projeto para um mesmo terreno e procuram compreender a legislação vigente na época sem que necessariamente a transformasse em co-autora com se apregoava. Também respondia a reclamações dos arquitetos que se diziam sem trabalho, que o mercado e etc… Respondia sempre que serviço poderia não ter, mas trabalho nunca faltava, e assim produzi vários Invasores, homenagem ao competente e alegre bloco de carnaval da região. Minha homenagem.
Localizado numa posição incrivelmente favorável em relação à cidade: exatamente no eixo da Avenida Afonso Pena, principal avenida de BH, onde ela faz sua única variação de percurso, deslocando lateralmente de seu eixo, e em cota topográfica bastante elevada, permitindo vista permanente.
A estrutura residencial existente deveria ser modificada para receber um edifício comercial (apart hotel) com lojas e serviços além de lazer.
Modificações internas nos apartamentos tipos, agora divididos em quatro unidades, pilotis com salas de convenções, café e bar, academia, etc.
Varandas em estrutura metálica foram anexadas às fachadas, de cor vermelha, contrastam com o revestimento cerâmico texturizado azul, que se modifica suavemente de tom com a passagem do sol.
O acesso se faz por um grande átrio também em metal vermelho e vidro, ladeado por lojas afins.
Local: Bairro Santa Lúcia, Belo Horizonte, MG.Projeto: 1986Área terreno: 384,00m2Área: 150,00m2 Pequena casa em terreno urbano com topografia dificílima aclive de sete metros a partir do passeio e com programa bastante específico para o casal então formado por uma socióloga estudiosa de música e um publicitário-poeta; os dois filhos adolescentes, nem sempre permanentes, e uma […]
A “Rainha da sucata” não é uma inserção gratuita, apenas figurativa e provocativamente diferenciada. Ela é fruto de um estudo geral da Praça e seus edifícios (desenhos, fotos e maquetes) no que diz respeito à sua volumetria, elementos formais, massas e aberturas e possibilidades representativas dentro da história, critérios universais de inserção.
Local: Bairro Santo Antônio, Belo Horizonte, MGProjeto: 1980Construção: 1980Área terreno: 300,00 m2Àrea:50,00 m2 Essa pequena residência, incrustada entre duas outras, em terreno com violenta queda no sentido frente-fundos, apresenta características especiais de projeto e construção; foi criada para a desenhista industrial Gaby de Aragão, dentro de um orçamento tão reduzido que o tempo de obra […]