Cinema é cinema. Nada se compara às salas de projeção, às grandes telas, ao som perfeito sem falar que é também ambiente especial para o namoro apaixonado, assunto do qual não tratarei aqui. Esse ritual de ir ao cinema e depois um jantar é universal e, além de agradabilíssimo, é neste jantar que provavelmente se […]
É dificílimo imaginar os objetos arquitetônicos sem seus órgãos da sua personalidade e as personalidades que se formam, mesmo nas dualidades. Uma obra arquitetônica só é harmônica na soma dos seus complementares: na engenharia que a sustenta; no hidrosanitário que recolhe seus dejetos; na eletrificação que faz funcionar seus robôs e artificializa teatralmente sua luz; […]
O sol é uma das nossas principais fontes de vida. Mas é também um dos elementos da natureza com o qual devemos ter mais cuidado em relação à nossa saúde. Composto de vários tipos de ondas de luz algumas filtradas pela camada de ozônio, tem em sua composição alguns tipos de raios sobre os quais […]
“Minha casa tem goteirampinga ni mipinga ni mim…” Do cancioneiro popular Nessa época de chuva, as cidades enchem, transbordam e as casas gotejam, pingam, escorrem e mofam. Este versinho aí de cima, de péssimo português, ilustra bem o desespero que causam estes transtornos, que são de tal forma incontroláveis que nos tornamos incapazes de reagir, […]
Sylvio E. de Podestá Sabemos que somos coloridos e nossa casa é que não é. A cor é elemento arquitetônico como o pilar, as vigas e a alvenaria. E aqui não se trata de questionamento, mas de afirmação. Ela pode ser usada abstratamente criando quadros concretistas; ludicamente, ou figurativamente, ou de qualquer maneira todas as […]
Sylvio E. de Podestá Além dos espaços, que podem estar contidos completamente por paredes, pisos e tetos, ou parcialmente por varandas, pérgolas, terraços etc., a arquitetura vive principalmente da luz ou das formas como a luz participa do espaço, contida ou exuberante, elegendo a função do ambiente através da sua maneira de participar. No princípio, […]
Acredito que a casa, numa visão de sua estrutura programática, é a instituição social que menos se modificou em todos os tempos; seu perfil, suprimido ou reduzido em alguns tipos de função e mesmo com toda a tecnologia incorporada segue fundamentalmente o mesmo. A senzala diminuiu, transformando-se em DCE; os banhos, ofertados como símbolo de […]
Nossas residências, como foi dito anteriormente, mudaram muito pouco em relação à morada de nossos avós, sendo a maior delas a diminuição do espaço de forma geral e da senzala de forma dramática. Uma nova mudança anda acontecendo. Talvez tenha se iniciado com a turma do rock garagem, ocupando aquele espaço para uma atividade produtiva. […]
Sylvio E. de Podestá
publicado no livro Casas
Sylvio E. de Podestá
publicado no livro Casas
Na época do projeto inicial intitulei esta casa de uma obra pós-Brasilia, fora dos cânones modernistas, dos concretões e também dos mediterranês e coloniosos. Discutíamos circulações, simetrias, materiais, texturas e cores.
“A cor existe” era nosso grito de guerra e a cor que lá utilizamos foi o vermelho goiaba, mistura feita in loco nos tempos que as mix machines não existiam por aqui.
Quando foi publicada no livro Sylvio E. de Podestá – CASAS em 2000 pela AP Cultural, fizemos um histórico destes primeiros momentos. Dizíamos das relações dela com o terreno/lago, como ela se abria para dentro (pátios e jardins) e sua inusitada fachada de rua praticamente cega, com um grande pórtico marcando dramaticamente o acesso principal, o piso que transpunha os limites e ia até o meio fio em cores variadas e aleatórias; das palmeiras em linha compondo com as empenas inclinadas, inspiração Kahniana.