No livro “3 Arquitetos” são apresentados projetos de Éolo Maia, Jô Vasconcellos e Sylvio de Podestá e seus colaboradores, realizados na passagem entre os anos 1970-80. Em edição bilíngue (português/inglês), os projetos são apresentados dentro das categorias Residências, Concursos, Brinquedos Infantis, Restaurações e Intervenções, Hotel, Habitações Coletivas, Biblioteca e Clube e Pinturas e Desenhos, acompanhados de um breve texto de apresentação. Os autores demonstram interesse em ampliar o repertório arquitetônico corrente no Brasil e buscar maior interlocução com o debate internacional, tratando de temas como a tipologia, o regionalismo e a arquitetura pós-moderna. As referências apontadas vão desde os chamados “mestres” da arquitetura moderna – como Le Corbusier e Oscar Niemeyer – aos arquitetos da geração posterior – como Aldo Rossi e Alvaro Siza.
A publicação se deu num momento de consolidação da parceria entre os “três” autores, não apenas na prática projetual (fundindo-se os escritórios MA & A Arquitetos Associados e Sylvio E. de Podestá Arquitetos Associados) como também no trabalho editorial dos periódicos Vão Livre (22 números, entre 1979-1982) e Pampulha (12 números, entre 1979-1984). Coincide, ainda, com um momento de grande divulgação da obra de Éolo Maia e de outros arquitetos mineiros – no mesmo ano da publicação do livro, circula pelo país a Exposição Itinerante Arquitetura Mineira, organizada pelo IAB-MG e pela revista Pampulha, derivada de uma mostra realizada no ano anterior na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais.
Em 1985 os autores publicam uma revisão do livro, com o título “3 Arquitetos: 1980-1985”, onde muitos dos projetos da versão anterior já estavam construídos ou com suas obras em andamento, além de apresentar a produção mais recente do grupo. Para esta nova edição foram elaborados textos de apresentação dos autores, precedidos por um ensaio crítico de Ruth Verde Zein. O grupo manteve a atividade editorial com o Jornal 3 Arquitetos, que contou apenas com três edições. Maia e Vasconcellos ainda publicaram o livro “Éolo Maia e Jô Vasconcellos – Arquitetos” em 1995 e, após separar-se do grupo, Sylvio de Podestá mantém escritório e a atividade editorial com o selo AP Cultural.