Aumentando pontos com mais um “conto”.
Convidado pelo arquiteto Eduardo Fernal a participar de um concurso fechado concorrendo com mais dois escritórios conhecidos, em terreno situado em 7 Lagoas, a beira da principal delas, para projetar um prédio junto a um shopping center e que de acordo com o proprietário deveria ser tão alto quanto possível de forma a fazer sombra em Pedro Leopoldo.
Um dos escritório, desconfiado da nossa equipe, publicou nos classificados da Folha de São Paulo um texto que dava a entender que seriamos os vencedores independentemente do julgamento. Não sei porque alguém chamaria 3 equipes para apresentar propostas já sabendo qual seria a escolhida.
Mas vamos em frente.
Antes mesmo do resultado final esta equipe apresentou suas dúvidas ao promotor e, vendo que a coisa poderia debandar, nos botaram de lado e escolheram a terceira equipe. Até eu!
Havia feito uma maquete e enquanto o Fernal dava acabamento numa perspeca. Toda maquete que faço coloco dentro um bilhete dizendo de alegrias a absurdos e nesta, isto era em plena Copa do Mundo de Futebol de 94, coloquei que este projeto “era o meu tetra” numa alusão a um possível contrato de bom tamanho.
Nem deu para participar mas o Brasil ganhou a copa com um chute para o alto do Baggio. Bom também!
Em homenagem a este fato que muito me impressionou na época pois não imaginava tanta desconfiança de pessoas conhecidas, desconstruí, estes dias, a maquete botando um fim definitivo a este evento do tipo que nunca mais gostaria de me envolver.
Toda maquete que faço coloco um bilhete. Alguns sacanas, bravos porque afinal sua leitura pressupõe a destruição da mesma e nesta não foi diferente ali estava escrito “este é meu tetra”. Fiquei ali quiném Baggio, com cara de nada.