Thor
Depois de uma temporada fora ou na poeira de uma das mudanças do escritório de onde vi várias maquetes e quase mil livros serem levados (uma doação a EAUFMG, que mais tarde reportarei) me deparei com uma pilha de publicações onde, tempos atrás, saíram alguns projetos que fizemos por aí. Digo tempo atrás porque não tenho muito mais saco para publicar nas duas únicas revistas que temos por aí, Projeto e AU. Nada contra, apenas não me interesso mais. Isto também é outro assunto.
Na pilha então destas publicações, separo uma revista já extinta, Manchete de agosto de 1995, cuja capa estampa as sorridente e desejadas (na época, creio eu) Luma de Oliveira, Christiane Manhães e Vanessa de Oliveira e, mais embaixo um lourinho de nome Thor.
Logo nas primeiras páginas (9) uma crônica de Fernando de Morais (intelectuais também caem na conversa dos poderosos da mídia impressa e etc.) onde conta da sua trajetória de uma Olivetti Lexicon 66, passando por um 486 e finalmente tendo acesso à internet e por isso o título da matéria – Agora sou um internauta – e vejam, isto em 95. Lá nas páginas 78 e 79 está a matéria sobre meu projeto com o título “Reconstruída a Romaria” e inicia com um poema de Oswald Andrade como que querendo dar, a Manchete, um ar também intelectual a matéria. Sobre a Romaria muito já publiquei e além da Manchete mais informações podem ser vistas no meu site.
Mas gostaria de terminar com uma pequena matéria que saiu nos jornais e por agora sobre o pequeno Thor: Filho de Eike Batista terá que pagar 1 milhão a entidades existenciais, isto porque andou estragando sua McLaren na bicicleta do Wanderson que morreu no local. Seu advogado disse que esta multa além de trabalhos comunitários só aconteceu porque ele, Thor, é filho de rico ou é rico. Alguém, que infelizmente não me lembro completou, e Wanderson só morreu porque era pobre. Duas razões!?
Parece que a vida continua como sempre foi, quando pequeno olhamos para o infinito mesmo rodeado de beldades. Quando jovem, assustado com o que apresenta nossa trajetória e a percepção de intocabilidade que começa a ruir, um pouco a frente a ideia de que o infinito é muito para nossa curta trajetória e mais a frente ainda a descoberta de como foi boa esta caminhada mesmo com algum tempo por vir. Thor continua aprontando e eu continuo ainda próximo da Romaria e, o que não foi feito na época que era um pequeno auditório junto a abertura posterior ao acesso principal onde temos as duas torres, cresceu e vai virar um teatro. Bons ventos nos levem!