Arquitetos: Sylvio E. de Podestá, Éolo Maia e Jô Vasconcellos
Colaboração: Márcio Lima
Projeto: 1981
Área: 2.500,00 m2
* Menção Honrosa em concurso promovido pelo IAB/MG-CARPE para edifícios escolares semi-industrializados.
Parecer do Júri: Menção Honrosa pela indiscutível qualidade espacial da proposta.
A arquitetura pode se destacar também pela simplicidade da composição. Simplicidade que não se confunde com esquematismos, que utiliza a cadência dos volumes, dos planos e vazios, das passarelas, dos visuais enriquecidos pelos percursos, uma escola que se exprima por si mesma, dando dimensão criadora à construção industrializada.
Duas alas rígidas e paralelas delimitam um espaço semi-interno. Utilizam tecnologia de produção e montagem industrial, perfis metálicos, lajes premoldadas que se contrapõem a um maciço onde se concentram praticamente todas as instalações hidráulicas e é elemento de ligação das circulações que divide este espaço rígido(formado pelas alas paralelas) e carrega também um caráter simbólico: é feito de tijolo como as velhas construções.
Neste maciço se apóiam escadas metálicas de acesso aos pavimentos superiores. Angulada, localiza-se a administração, bloco rígido, com aberturas cadenciado, pintado de cor forte, diferenciando-se do metálico das escadas, cores pastéis das salas de aula e da textura do tijolo aparente. Um atrium aberto no seu piso inferior recebe colunas diversas. Na sua extremidade mais externa, mais pública, uma coluna da ordem jônica faz a ligação histórica com o presente, ativa a imaginação. O passado tornando-se presente é incorporado, confrontado: coluna grega versus coluna de aço; aço e tijolo.
Mais uma vez trazemos para o prédio da escola a função dupla de abrigar o ensino e ensinar através de um espaço final rico e pedagógico.