O Projeto Trincheira parte de uma premissa: Minas Gerais (ou o Brasil) não possui tradição em projetos de pontes, viadutos, etc. Estes elementos são quase sempre soluções de tráfego, projetos de engenharia, como os chamados “trincheiras”, que resolvem a questão dos cruzamentos, mas trazem consigo problemas sérios, como a deterioração das áreas adjacentes, complicação no trajeto de pedestres, ou seja, resolvem problemas imediatos de circulação mas causam transtornos individuais e coletivos. Micros e macros.
A construção da Romaria é do início do século, salvo engano e, no começo dos anos 60, a pousada foi desativada e sua área vendida para um grupo empresarial que pretendia construir ali um hotel ou um conjunto habitacional.
Em 1966, o conjunto foi demolido, salvando-se apenas os pórticos de entrada e parte dos alicerces de pedra de uma das antigas alas.
O pavilhão, privilegiadamente localizado entre os espaços de Portugal e Santa Sé referências didáticas-, literalmente empacou. O que nos permite acrescentar à ignorância, à pobreza, à colonização, um outro: o Brasil ultimamente vem se transformando em alguma coisa vergonhosa.
Projeto para o Concurso de Idéias para o Paço Municipal de Osasco, Composto por três blocos funcionais e um elemento simbólico (prédio administrativo, Auditório, Câmara Municipal e Marco).
Este edifício abriga a sede da construtora na sua parte comercial, que o ergueu de forma a traduzir a imagem de contemporaneidade com que ela tentava impor aos seus clientes.
Um subsolo semi-enterrado foi necessário em respeito ao lençol freático. Logo acima três níveis, a loja ocupada pela construtora, pilotis e cinco pavimentos com uma unidade residencial por andar, sendo o último, duplex.
Estruturado em concreto armado, na sua leitura externa é possível perceber o domínio da solução estrutural, visível nos pavimentos acima do pilotis com a adoção de balanços, desenhada na medida exata da independência dos volumes. No revestimento da torre principal, reforça-se esta leitura no desenho do assentamento do revestimento e do formato das esquadrias laterais. Esta solução sugere leveza ao conjunto, reforça suas independências mas dá à relação dos dois acoplagem conveniente.
Pensar um Museu, depois que ele deixou de ser aquela instituição simplesmente depositária de obras de arte, para se transformar num centro irradiador de cultura, implica em exercício dos mais instigantes.
Terreno de difícil solução física e legal, das relações com um futuro entorno edificado e não edificado, com áreas verdes próximas e solo geologicamente ruim, nos levaram a projetar níveis de uso múltiplo, com acessos possíveis e fáceis inclusive para deficientes físicos e que possibilitassem seu uso mesmo antes do término da obra.
Um museu não é simplesmente um amontoado de peças e indicações sobre determinado assunto, espalhadas num determinado espaço físico, para visitação pública. A concepção do Museu do homem americano, a partir das propostas do grupo de cientista e pesquisadores que está a frente do projeto, reafirma esse pressuposto.
A “Rainha da sucata” não é uma inserção gratuita, apenas figurativa e provocativamente diferenciada. Ela é fruto de um estudo geral da Praça e seus edifícios (desenhos, fotos e maquetes) no que diz respeito à sua volumetria, elementos formais, massas e aberturas e possibilidades representativas dentro da história, critérios universais de inserção.